Lisboa, X de junho de 2020
A pandemia veio alterar a forma como as empresas, até aqui, estavam habituadas a trabalhar. O Survey sobre Trabalho Flexível, o mais recente estudo da Mercer realizado a mais de uma centena de empresas em Portugal, demonstra que, muitas empresas haviam já adotado práticas como o Flex-time (flexibilidade no horário de início e fim da jornada de trabalho) antes do COVID-19 (58%). 24% admite ter implementado esta prática após a pandemia ou ter intenções de vir a implementar nos próximos 18 meses. Atualmente, apenas 19% das empresas incluídas no estudo referiu não ter implementado esta prática.
Outras práticas de trabalho flexível analisadas pelo estudo incluem: trabalho em part-time (trabalhar menos de 40 horas por semana); 4 dias de trabalho por semana ou horários de trabalho condensado (4/5 ou 8/10); desempenho com base em contributos ou resultados, sem horário fixo de trabalho ou local permanente exigido; licenças sem vencimento/sabáticas (por motivos de parentalidade, de saúde ou outras licenças impostas pelo governo); trabalho intensivo por turnos; regresso faseado ao trabalho para novos pais; dias de férias suplementares; escalonamento de horários.
As conclusões deste Survey demonstram também que a Pandemia foi um dos principais impulsionadores (business drivers) para a introdução da flexibilidade no trabalho, com cerca de 65% das empresas a considerar este motivo como o fator-chave. Cerca de 57% referiu que a eficiência é também um business driver para este formato de trabalho e 48% considera a agilidade e também a mobilidade como elementos-chave para a introdução do trabalho flexível na sua empresa.
Quando questionadas sobre qual o impacto da COVID-19, numa escala de 1 (mínimo) a 10 (máximo), na implementação do trabalho flexível, 66% das empresas selecionou 8 ou mais. Destas, 32% escolheu o rate mais alto, 10. Adicionalmente, 23% das empresas menciona que a pandemia alterou completamente os seus planos relativamente à introdução de medidas relacionadas com o trabalho flexível.
“A pandemia mudou a nossa forma de trabalhar” refere Marta Dias, Líder de Estudos de Mercado da Mercer Portugal. “este estudo ajuda-nos a perceber de forma clara que foi este o fator desencadeador na introdução do trabalho flexível e de novas formas de trabalhar até então pouco adotadas sobretudo nos setores mais tradicionais. Estamos certos de que o “novo normal” passa também por uma “nova forma de trabalhar”.
Segundo os resultados deste Estudo sobre Trabalho Flexível, 57% das empresas inquiridas assume ter planos para fazer alterações no espaço de trabalho, nos próximos meses; e 88% pretende que esta mudança inclua uma transição para espaços mais flexíveis, com uma dinâmica mais ágil ou mesmo virtuais. Cerca de 3 em cada 10 empresas (31%) que pretendem esta mudança, têm preferência por espaços mais flexíveis; e 43% prefere um local de trabalho que seja mais ágil.
As empresas participantes destacam também que o foco da introdução da flexibilidade, independentemente da situação de pandemia, são as pessoas, nomeadamente a promoção do seu bem-estar (86%) e do equilíbrio vida pessoal e profissional (62%). No entanto, as empresas assumem também a importância estratégica da flexibilidade, considerada como uma peça chave na retenção (56%) e na atração de talento (35%).
Neste contexto, muitas empresas referem ter já no local de trabalho espaços recreativos, como salas de jogos ou de gaming (31%), salas de lactação (17%) ou serviços de lavandaria (10%).
O Survey de Flexibilidade da consultora Mercer foi realizado entre abril e maio de 2020 e contou com a participação de 102 empresas em Portugal dos mais diversos sectores (sendo os mais representativos Serviços (não financeiros) (19%), High Tech (17%) e indústria (12%)) e dimensões (a maioria, 63%, tem menos de 500 colaboradores).
###
A Mercer dedica-se a co-construir futuros mais brilhantes, através da redefinição do mundo do trabalho, da melhoria dos resultados em pensões e investimento e da promoção da saúde e bem-estar das pessoas. A Mercer tem mais de 25,000 colaboradores em 44 países e opera em mais de 130 países. A Mercer é uma subsidiária da Marsh & McLennan (NYSE: MMC), a empresa líder global em serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas. Com receitas anuais de 17 mil milhões de dólares (USD) e 76.000 colaboradores em todo o mundo, ajuda os seus clientes a navegar num ambiente cada vez mais dinâmico e complexo através das quatro empresas líderes de mercado: a Marsh, a Guy Carpenter, a Mercer e a Oliver Wyman.
Para mais informações, visite www.mercer.pt ou siga-nos no Twiter @MercerPortugal ou no Linkedin https://www.linkedin.com/company/mercer-portugal