Já não chegava a “feroz luta” pelo talento nas organizações e as respetivas dinâmicas de mercado a impactar a sua atração e retenção, e eis que os próximos tempos irão trazer-nos variáveis adicionais para uma equação de resolução cada vez mais desafiante. Desde o conceito “Work without Jobs”, passando pela normalização do trabalho híbrido e até à introdução da redução do horário laboral, estamos perante novas realidades que já são ou serão incontornáveis para responder ao propósito de cada colaborador. Existirão, seguramente, ainda mais variáveis, mas para já centremo-nos nestas e nos seus desafios.
A “desmaterialização” das funções que conhecemos num conjunto de tarefas e responsabilidades, a combinação cada vez mais “umbilical” da automação com a componente humana e a utilização de diferentes tipologias contratuais (colaboradores a tempo inteiro ou parcial, gig workers, freelancers, …) irão trazer desafios a diferentes níveis que teremos de equacionar.
Quais os impactos nas atuais estruturas funcionais das organizações? De que forma vão impactar os descritivos e perfis de função? Que skills e de que forma iremos adquiri-los e desenvolvê-los no futuro? Temos a agilidade suficiente para gerir em simultâneo diferentes relações contratuais? De que forma vamos liderar as diferentes equipas envolvidas? Estamos em condições de evoluir para um modelo baseado em Pay for Skills?
Existe uma opinião quase unânime de que o trabalho híbrido é uma realidade que veio para ficar e a grande maioria das organizações já adaptou os seus modelos em conformidade. Também sabemos que os colaboradores se sentem mais realizados e satisfeitos com a flexibilidade que este modelo potencia na sua vida pessoal e profissional.
E para as organizações? Estamos a conseguir manter e promover a cultura organizacional? Como está a ser medido o sentido de pertença e de engagement? Com o regresso, e mais que provável crescimento do modelo presencial na interação com clientes, fornecedores e outros stakeholders, como está a resultar a integração dos que estão em remoto com os restantes?
Foi uma ideia que surgiu há décadas, caso se recordem dos tempos da introdução da computação nomeadamente na atividade dos serviços e dos princípios da automação na indústria.
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Autor:
José Pedro Sousa
Mercer Principal
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